As boas práticas de compliance têm cada vez mais ganhado espaço entre as empresas brasileiras, sobretudo com a pandemia, que levou a mudanças de consumo que tendem a permanecer. Mas não se pode parar por aí.
Essas ações podem e devem ser estendidas à toda cadeia produtiva, envolvendo fornecedores de pequeno e médio portes, a fim de garantir que produtos e serviços que chegam ao consumidor final tenham sido gerados totalmente sob uma “agenda de integridade”.
Por isso, e de forma inédita, a Câmara de Comércio Internacional no Brasil (ICC Brasil) uniu mais de uma dezena de CEOs de grandes empresas sediadas no Brasil para construir um compromisso exigindo e propondo caminhos para que todos em suas cadeias de fornecedores adotem boas práticas.
“Os pequenos e médios negócios… possuem naturalmente maiores dificuldades na implementação de políticas de promoção da integridade e carecem, muitas vezes, de incentivos diretos para fazer o que é certo, do jeito certo”, traz a carta, divulgada nesta quarta-feira (25/11) durante o 3º Encontro “O Brasil Quer Mais (BR+)”, organizado pela ICC Brasil.
“Particularmente, este grupo (de CEOs) entende que é importante tomar para si a responsabilidade de exigir também que os integrantes de suas cadeias de valor sigam o mesmo padrão de integridade que se exige de seus colaboradores diretos, criando-se assim um amplo sistema de integridade”, continua o documento.
Entre os signatários, estão os CEOs da Suzano (Walter Schalka), Microsoft Brasil (Tânia Cosentino), Natura &CO (João Paulo Ferreira), Siemens Brasil (Pablo Roberto Fava), Siemens Energy (André Clark), GOL (Paulo Sergio Kakinoff), MRV (Eduardo Fischer Teixeira de Souza), SAP Brasil (Adriana Aroulho), HP Brasil (Claudio Raupp), BRF (Lorival Luz), Braskem (Roberto Simões), Kroll (Fernanda Barroso), Deutsche Bank Brasil (Maite Leite), Schneider-Electric Brasil (Marcos Matias) e Marfrig (Miguel Gularte), além da presidente do conselho do Magazine Luiza (Luiza Helena Trajano) e os diretores executivos da Rede Brasil do Pacto Global da ONU (Carlo Pereira) e da ICC Brasil (Gabriella Dorlhiac).
Confira a carta na íntegra aqui e junte-se a este movimento pela integridade.