Responder aos desafios do século XXI e moldar um mundo interconectado é o objetivo comum do G20. Assim, os líderes enfatizaram a importância de uma parceria e ação conjunta pelos membros do G20, evidenciando que “podemos alcançar mais juntos, do que sozinhos”.
Contudo, apesar dos esforços para demonstrar unidade através de uma declaração unânime, é clara a divisão existente entre os membros do G20 e a nova posição dos Estados Unidos, mais concretamente em relação ao comércio e alterações climáticas.
Após a divulgação do comunicado da Cúpula do G20, em Hamburgo, a ICC se pronunciou através do Presidente do ICC G20 Advisory Group, Marcus Wallenberg:
“Nos últimos meses, temos sido claros quanto à necessidade do G20 manter uma posição firme quanto à abertura de mercados, tanto para o comércio como para o investimento. A Reunião de Hamburgo serviu para manter a posição há muito estabelecida pelo G20 de combate ao protecionismo em todas as suas formas.
As empresas e a indústria do mundo inteiro desejam agora que os líderes do G20 transformem as palavras em ações. Vimos frequentemente uma separação entre os compromissos da grupo e a sua implementação, no que diz respeito ao comércio. Novos conceitos introduzidos não devem tornar-se num pretexto para o protecionismo. Com perspectivas de incerteza de crescimento global, não existe espaço para o G20 não prosseguir com o seu compromisso em manter os mercados abertos.”
O Secretário-geral da ICC, John Danilovich afirmou também:
“Recomendamos que o G20 foque em reforçar o sistema de comércio multilateral. Um sistema de comércio multilateral autorregulado é um pré-requisito para se alcançar a ambição dos líderes do G20 em tornar a globalização viável para todos.
Felicito o comunicado de Hamburgo pelo destaque dado à maximização do potencial da digitalização e do comércio eletrônico, como forças para o crescimento inclusivo. Com as políticas globais adequadas, existe uma oportunidade para garantir que todas as empresas – independentemente da dimensão, setor ou localização – possam beneficiar de igual acesso aos mercados internacionais. Estabelecer regras globais para o comércio eletrônico deve ser um objetivo central na próxima Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, em dezembro.”